Meu tempo

Carlos Augusto Baptista Andrade É, meu tempo mesmo… Alguns dizem, tempo de ninguém, não temos tempo, é ele que nos tem! Acredito na democracia, escolhi ter o meu tempo: é possível respeitar? Por que as pessoas ficam feridas quando não vêem suas crenças concluídas na vida de outrem? Creio em Deus, Céu, Lua, Inferno, Tupã, […]
Palavra vil

Carlos Augusto B. Andrade Vi esses diasuma ratazanausar uma palavrabacana:holofote!Gosta de facho,luz em cacho,feito pinheirode Natalcom pisca-piscasde néon. Estar no centro,para ser visto,seguido,ovacionado,mesmo enganandoo pobre coitado.Palavra insanaexpõe o bacana,pois o verbopõe em movimentoe constrói coesacoerênciano turbilhão dessa indecência. Agora, chegou a horade dizer não,basta de trapaça,chega de vilão. Palavra vilnão cola,chega de esmola,de encantos mil,ouvi […]
Olhar de onça

Carlos Augusto B. Andrade De longe,a presa paralisadaobserva estagnadavelocidade felina com presa preparadapara o bote fatal.De olhar fugazà mordida certeira,aqui jaz cervodo pantanal,antes veloz,perdeu a corridapra seu atroz.
EXISTÊNCIA

Carlos Augusto B. de Andrade Viver é imprimir no mundo real nossa digital. Resgatar o humano: a singela marca da existência que passa pela eficiência da vida coletiva; resistência. Sem o outro nada se revela, pois somos apenas gomo do fruto que se desvela, pétala da flor que que se desenrola.
Velejar

Carlos Augusto B. Andrade Por entre as linhasdo poemavelejamossem dilema.São linhas tortas,sinuosaspra fazer pia pensar.Nada é o que está,que vale, pos o postose modifica do tempo,e o que está já é outra coisa,pois já passou o momento.Não adianta voltar,pra tentar entender,quando chegar novamente,ao mesmo lugar,a palavra é outra,pois ela é vivae se transmutanessa zonaturva, eedificantedo […]
Também vou pra Pasárgada

Carlos Augusto Baptista de Andrade Li quando garotoque Pásargadaé um lugar maroto,Manual deve estar lá com alguém tomando chána cadeira 24 da Academia.Aqui tá chato,tem gente cheia de ódio, desordem federal,Lá deve ser legal,Bandeira é amigo do Rei,não que eu queira ter pistolão,afinal armas são proibidasna cidade, só penas e tinteiro,correm o dia inteiropela mãos […]
Insanidades

Carlos Augusto B. Andrade Dia incerto,imerso na fuligemdo tosco senhordas palavrasbaixas,mascaradas por farsasinsanas,por ações profanas.Agora, nesse momento ignóbil,queria eu entender o gostoda lata de leite condensado,para o privilegiado, enquanto outros seres, também humanos,vivem em lodo fel,sem a doçurada dos paláciosregados a chicletes e mel.Há palavras boasque qualificam quem comeenquanto outros passam fome:indiferente,desumano,não são gente,são escória,escorralho.
Resistência

Carlos Augusto B. Andrade Destilam ódio, resistimos.Difamam os autênticos, resistimos. Disfarçam mentiras, resistimos.Dilaceram os sem vozes,resistimos.Desrespeitam os diferentes,resistimos.Desnudamos em cada versoas farças,ameaças, trapaças,violências.Poesia é potênciae nossa pena,resistência.
Tribalista

Carlos Augusto Baptista de Andrade Sinto o tomdo carinhoverde como relvano caminho.Hora de alerta!De ouvir os tamboresaltissonantes,cheios de amores.Saudades dos camposverdejantesque hoje não cintilamcomo antes.Onde está o olharsincero, vibrante,com gostode mata virgemedificante?Despertem oh guerreirosdas tribos das nações,que seus xamãs voltema entoar canções,rituais de curapara os feridos corações.Enfim… rogoque cada umtenha de voltaa visão do que […]
Relevante?

Carlos Augusto B. Andrade De repente, em um instante, pergunta-se: é relevante? Resposta natural: relevante é paradoxal. Para alguns, de natureza objetivada, a vida é irrelevante, ela é nada. Para outros, ela é plural, híbrida, colorida, sobrenatural. Imagem: Myriams-Fotos from Pixabay.