Carlos Augusto Baptista Andrade
É, meu tempo mesmo… Alguns dizem, tempo de ninguém, não temos tempo, é ele que nos tem! Acredito na democracia, escolhi ter o meu tempo: é possível respeitar? Por que as pessoas ficam feridas quando não vêem suas crenças concluídas na vida de outrem? Creio em Deus, Céu, Lua, Inferno, Tupã, Mortos que caminham e os que ficam deitados, esperando calmos o dia de levantar, pra ir, pra voltar… Não é ciência, é crença, dádiva normal do homem natural. Lembre-se que nas comunidades tribais, os mitos eram reais; tinham as forma de lidar com Chronos inexplicável, que deixava e deixa, ainda hoje, o ser vulnerável. Por isso o poeta quis ir pra Pasárgada, escolha do seu tempo. O filósofo disse "só sei que nada sei", então, como você pode indagar sobre o tempo que é MEU? se não sabe nem o SEU. Não discuto o de ninguém: Levo o MEU tempo pelas carreiras do Universo, calmo, ligeiro, atento ou disperso. Habito, hoje, lugares que o NÃO saber faz parte da existência; Liberdade nas folhas das árvores, ainda que você discorde: ótimo! não vejo problema. Lembrem-se da planta Comigo-ninguém-pode, a Dieffenbachia seguine, ela não precisa de muita luz, vive tranquila no seu tempo calma, quieta no seu canto, seduz. Que os guerreiros das tribos sagradas possam oferecer aos homem acuados pelos saberes acumulados, o doce som do bem-te-vi, tempo da minha aurora não a escrita por outro, mas aquela que escolhi e escrevo agora, no tempo que vivi. Imagem de Enrique Meseguer por Pixabay