Poesias

Vida criativa

Carlos Augusto B. de Andrade

A vida passa num instante,
          pisco os olhos e o hoje
já se tornou ontem,
          o hoje logo será, também, amanhã,
definitivamente, amanhã será
          sempre um hoje singelo,
etéreo-eterno.
 
Por isso, nada de deixar para amanhã
o que hoje pode ser feito.
Semeie poeticamente
sentidos múltiplos,
signos pululantes,
para que a Flor de Liz cresça,
floresça,
envelheça e,
numa constante matemática,
morra pelo tempo e
refloresça,
para jamais ser esquecida.
Hoje poema,
eternamente poesia.

26/05/1999

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