Poesias

Sementes

Carlos Augusto B. de Andrade

Lançadas à terra,
desprovidas de beleza externa,
encerram a gênese da vida.
 
Transicionam-se em raízes,
perfuram o solo
eclodem em broto.
 
Não há boas ou más,
apenas essência
pura e desnuda.
 
Regadas com sabedoria,
armazenam tudo
que o torrão oferece.
 
Espécies amadurecem,
sabores, aromas, tons e cores
multiplicam-se em suas pluralidades.
 
Seres vivos, novamente,
após seus ciclos,
viram sementes.

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