Carlos Augusto B. Andrade
No princípio, eram os fonemas e eles pairavam sem sentido na galáxia dos sons. De uma explosão Transformaram-se na conexão sílabas, estrelas desorganizadas, primeiro bla-bla-bla. No continuum da missão, ousou-se a construir /cas-a/, Morfemas concebidos, sentidos digeridos. A constelação exigia mais: a valsa sonora continuava, a mover tal cultura, palavra-frase é gerada, nova envergadura. Se não bastasse tanta beleza, sensações incorporadas, materializadas pelo pulsante som cheio das tramas cheirando a mananciais. Cristalina linguagem surge como gema clara e brilhante, tema: fase-frase. Não se pode mais segurar: texto parido, contexto de ideias, interações estelares, um dedo de prosa, um encanto: poesia.