Poesias

Negritude Poética

Carlos Augusto Baptista de Andrade

Verso branco?
Verso preto?
Cor?
Nada!
Preto é mais que cor,
é jeito.
 
Blues, jazz, samba
no sangue.
Essa negritude
não é cor,
é alma.
 
Ginga,
balangandã,
capoeira,
ancestralidade;
jeito de ser
fértil e
forte som
na noite estrelada,
no dia de sol,
ou manhã nublada.

Existência
de muitos tons,
marcas que acentuam
um “nós” nas entranhas,
provocando sensações
prenhas
de um arco-íris infinito.

20/07/2020

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