Carlos Augusto B. Andrade
Vou pintar o sete com cores que violem a violência. Violeta ventilada pela metafísica, alquímica centrifugada. Com anil na base, solidifico o alicerce, com respeito e sinceridade, toque de flerte e de verdade. Não falta o azul do mar e do céu, profundidade, e estabilidade, alegorias finas sem escarcéu. Verde harmonia, serenidade, fruto da simpatia, frescor no caos, venera a tranquilidade. Amarelo otimismo, confiança e criatividade, originalmente desafia o tom de toda vontade. Laranja da mudança, expande e amplifica sonoramente o valor exuberante da criança que desperta diariamente. Vermelho poder, fogo, paixão, sexo, pecado, tentação; revolução energética que se espalha instigando os medíocres, valorizando a expansão da pura emoção. As sete cores do arco-íris discutem as diferenças, sem ofensas, essas variedades singulares, proporcionam a entonação, da mais pura canção.