Poesias

Minha paleta

Carlos Augusto B. Andrade

Vou pintar o sete
com cores que violem
a violência.
Violeta ventilada
pela metafísica, 
alquímica centrifugada.

Com anil na base,
solidifico o alicerce,
com respeito e sinceridade,
toque de flerte e de verdade.

Não falta o azul 
do mar e do céu,
profundidade,
e estabilidade,
alegorias finas
sem escarcéu.

Verde harmonia,
serenidade,
fruto da simpatia,
frescor no caos,
venera a tranquilidade.

Amarelo otimismo, 
confiança e criatividade,
originalmente desafia
o tom de toda vontade.

Laranja da mudança,
expande e amplifica
sonoramente
o valor exuberante
da criança que desperta
diariamente.

Vermelho poder,
fogo, paixão, 
sexo, pecado, tentação;
revolução energética
que se espalha
instigando os medíocres,
valorizando a expansão
da pura emoção.

As sete cores do arco-íris
discutem as diferenças,
sem ofensas,
essas variedades
singulares,
proporcionam a entonação,
da mais pura canção.

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