Poesias

Memórias

Carlos Augusto B. de Andrade

Voz de mãe,
doce como canto
de canários na janela,
acorda o menino na casa singela.
 
Ao raiar do dia,
lá vem ela,
sopinha de pão
na destra mão,
enquanto a sinistra,
em festa,
afaga a testa.
 
Memórias, ainda hoje,
destacam com
pingos de afeto
a mágica mulher,
carregando na mão
minha sopinha de pão.
  
* para Dorinha com carinho.

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