Poesias

Insônia

Carlos Augusto B. Andrade

Deitado no berço
da minha jornada,
vislumbro memórias
na insônia amotinada.

Primeira palavra "Kiki",
começava a comunicação,
com o primeiro fonológico croqui.

Brinquedo irônico
"Só compra quem tem",
ao ganhar fiquei afônico.

Beijo, abraço, 
aperto de mão, sala mista, 
na escola brincava feito palhaço.

Escalada nos caixotes de feira,
momentos de euforia e queda,
Monte Everest da brincadeira.

Voleibol no ensino médio, 
assediado por ser titular,
para adolescente, excelente remédio.

Primeiro beijo,
ninguém esquece,
nem sei explicar o que acontece.

Filhos: um, dois, três
doces lembranças,
tive a minha vez.

Hora de fechar os olhos
e tentar repousar,
pois se ficar acordado,
há muita coisa para relembrar.

Está gostando do conteúdo? Compartilhe >>