Poesias

Dia da Criança

Carlos Augusto B. Andrade

Alguns dizem esperança,
outros nem dão confiança,
ao ver uma estendo a mão,
por um prato de feijão.

Muitas têm direitos
desrespeitados
por uma cultura capital,
na qual o ideal
é o brinquedo sazonal.

Faltam:
doce afeto,
carinho circunspecto,
educação esmerada,
preparação para a vida,
para uma experiência mais lívida.

Nesse dia de "criança"
é importante ensinar
as que estão em casa que:
há esperança
para as descamisadas,
as que vivem no meio da maldade,
sem nenhuma conexão com a liberdade,
basta um pacto da sociedade,
de mudar esse mundo de brinquedo,
para um consciente e sem medo.

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