Ruas falam todos os dias! Ouvi gritos de frio, sussurros de fome, gritos de ódio reverberando, nas calças nuas, empoeiradas, rotuladas de moradia para os pobres. Ruas falam todos os dias! Vi a insensibilidade que gerou a surdez voraz, que mata mais que a bala. Ruas falam todos os dias! Senti a insignificância, retratada no "não problema meu", ou são assim por que querem. É preciso ouvir as ruas, pois agora elas gritam "BASTA"; hora de apresentar a insatisfação. As ruas gritam: chega de violência, de incerteza, de manipulação, ressoam nas ruas um grande "NÃO".
Autor: Carlos Augusto Baptista de Andrade
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