Poesias

Às Margens

Carlos Augusto B. Andrade

Ouço na mãe gentil,
o pranto de gente pálida,
ferida e discriminada.

O brado desse povo foi calado,
pelo dizer dissimulado,
pela ignorância passiva,
pela cegueira repressiva.

Sem sol para todos,
sem igualdade,
o braço fica fraco,
e, às margens de rios,
sem beber dessas águas, 
a fraqueza se eleva
nesse povo de tantas línguas.

Nesse silêncio,
as matas são queimadas,
as praias poluídas,
as estrelas do firmamento,
perdem luz a cada momento.

Recupere-se terra nossa!
Renove-se em força,
revigore-se em graça
pela luz da história, 
trazendo à memória
a luta ancestral.

Salve grito de liberdade!
Salve ética e honestidade!
Neste solo sagrado,
salvemos a pátria amada!


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