Carlos Augusto B. Andrade
Ouço na mãe gentil, o pranto de gente pálida, ferida e discriminada. O brado desse povo foi calado, pelo dizer dissimulado, pela ignorância passiva, pela cegueira repressiva. Sem sol para todos, sem igualdade, o braço fica fraco, e, às margens de rios, sem beber dessas águas, a fraqueza se eleva nesse povo de tantas línguas. Nesse silêncio, as matas são queimadas, as praias poluídas, as estrelas do firmamento, perdem luz a cada momento. Recupere-se terra nossa! Renove-se em força, revigore-se em graça pela luz da história, trazendo à memória a luta ancestral. Salve grito de liberdade! Salve ética e honestidade! Neste solo sagrado, salvemos a pátria amada!